terça-feira, 31 de julho de 2012





Posso ouvir o som da confusão
Mas é um som bom
É o mesmo som da descoberta
Trilha sonora da aventura

Aquela música doce que exala junto com o perfume da rosa
A rosa que esta solitária no terreno baldio e coloca um sorriso na cara de quem passa
As borboletas que beijam a rosa voltaram para o meu estômago
Que delicia, borboletas voando
Einstein estava certo.
O tempo é mesmo relativo, e todo o resto também
Você vê?
Tudo ainda tem salvação

A cidade de pedra ainda tem a rosa
Os laços que amarram o mundo ainda não se romperam
Todos ainda temos salvação
A música da rosa e as borboletas colocam tudo de volta no lugar
Que delicia, borboletas voando

O tolo disse que a festa acabou
Que a gente cresceu
Que meu irmão envelheceu
Que as borboletas não voltariam mais
E que eu teria que viver com as moscas

A cidade de pedra ainda tem a rosa
Os laços que amarram o mundo ainda não se romperam
Todos ainda temos salvação
A música da rosa e as borboletas colocam tudo de volta no lugar
Que delicia, borboletas voando

O tolo envelheceu
Fechou a boca e as borboletas não puderam voltar
Mas eu não
Eu e meus irmãos somos “boca aberta”
E as borboletas voltaram

Escuto o som da rosa
Trilha sonora da aventura
Enchendo meu pulmão de ar
Pra correr, não pra gritar

Todos saúdam a rosa

(Mário Hennrichs)

quinta-feira, 26 de julho de 2012






Às vezes perfeito; e meio incompleto
Às vezes intelecto: um gênio em idiotices
Às vezes superior: as mazelas das “minorias”...
e as capitanias autoritárias
Às vezes medo; escondendo da morte? ...
nas cidades: seus muros e grades!
Às vezes solidão- perdido na multidão!


Às vezes sonho: maquina do tempo movido por sentimentos!
Às vezes inconsequente: sujo; falso, prisioneiro da ambição.
Às vezes menino ou adulto demais: juventude sem destino!
Às vezes burguês consumista...
apenas e somente boneco do sistema!
             Às vezes desarmado, sem mente: produto, sem capital.
Às vezes sagrado como sangue...
 escorrendo nas crateras das utopias...
Às vezes ideia; da ideologia individualista...
amando objetos fúteis, inúteis.
Às vezes vencedor: imortal tolice humana...

Às vezes um tudo; e completamente sem nada
Às vezes beleza;  feios são erros dos outros?
Às vezes lua; enganando luz na escuridão
Às vezes sol: radiação fotossintética gerando vida!
Às vezes água: inodora; incolor; Isidoro; igualitário!
Às vezes terra: abrigo; casa, braço fraterno!
Às vezes vento levando noticias...
abrindo as janelas do mundo!

As vezes fogo: vulcão em erupção
Às vezes só: somente loucura; insanidade sã
Às vezes verdade: inspirado a procura do segredo da vida!
Às vezes moleque, traquinagem da inocência?
Às vezes caminho...  sempre na estrada!
Às vezes pena; e vale a pena viver!!!
Às vezes eu...
Eu da liberdade!!!

(Iberê Martí)

segunda-feira, 9 de julho de 2012





Era menino índio
Trazia uma fecha e uma folha: na mão e no peito!
Sabia a essência Gemini
Condensava matéria e conhecimento...

Pensava os milésimos de segundos do dia:
Ampulheta vestida de aranha teia
Tecia voltar às origens
Desentendia seus próprios conceitos

Aprendeu que o visível de uma cor:
É justamente sua ausência ...
Ocùlus enxerga a falta? A presença entreve a visão.
Logo se desfez da “viseira”
Viu o mundo pelas falhas
Encontrou se com a "desimportância" e, entendeu: antever as distâncias!

O homem índio permanece menino
Busca as ausências presentes:
Os Amigos...
As Estrelas...
Imagina a antimatéria e, forma:
O ímã de seu mundo possível
As vezes, ousa, cultivar diferenças
Aproxima o que ama e diz:

A razão racional anda cega.
Desencontra os vazios e questiona: possum sonhar?
Dúvida de sua crença e, nega;
Perdeu se de si!

A alma de menino índio permite simples segredo:
Potes ser feliz!

(Iberê Martí)

domingo, 1 de julho de 2012




Quantas distâncias: eu e você!
Quais as minucias nos detalhes de seu juízo
Imagens tracejando rima; presas as peças...
Perdidas as percepções dos desencontros!
Desconhecidos pensamentos: em cada expresso risonho
Medo esconde a liberdade que questiona:
Ousa o certo, a certeza, o diferente!
A arte é triste: Alma insiste e, ensina a lutar
Quem anda em Marte? Na Lua ou Nibiru...
Vida existe: há um olhar poeta que permite encontrar
Pirilampo risca no vento seu destino...
Busca a “verdade” na luz: se expande; se propaga e, ilumina
Em terra os pés afogam: agonizam angustias,
Sentidos sem sentimentos hipnotizam a Estrela no Ser
Escorrem lagrimas sob face dividida: respostas e dúvidas...
No vagão vazio: multidão a vagar...
O tempo escorrega entre os dedos
Utopia resiste: nunca deixe de sonhar!
Brincar entre os verbos: descontruindo conceitos...
Conceituando coincidências; trilhos tortos, percurso do “trem”;
Ao humanismo espiritual de cada indivíduo,
Somando as partes da matéria indivisível
Quantas distâncias: eu, você, eles...? e o “quebra-cabeça” universal.

(Iberê Martí)