segunda-feira, 11 de junho de 2012




Falo a língua dos loucos. Não compreendo a mórbida língua dos lúcidos".
Eu falo a mórbida língua dos lúcidos a não ser compreendido como louco.
E eu, louco?  Incompreendido as falas dos lúcidos mórbidos!
Que loucura a lucidez rouca de quem (neutro) os distinguiu...
Perfeito o mundo dos loucos: o paraíso está em mente?
Incompreensível às falas no mundo líquido dos lúcidos!
A perfeição é característica dos “nêutrons”
Somente a perfeição satisfaz os egos cegos
No entanto, em tudo que faz; tudo que vê; em tudo que respira...
Há algo quase imperfeito!!!


(Iberê Martí)

segunda-feira, 4 de junho de 2012





Passo a passo... eu mesmo traço:
Rabisco a lápis o meu caminho
Nesta extensa avenida... que é a vida!
As encruzilhadas... 
Nesse labirinto sem saída
Eu me perco... e te encontro!
A “arte de viver” é um momento que ensina o esperável.
Os pensamentos andam, andam...
Seguindo a sincronia no malabarismo dos sonhos
No fundo do peito um vazio que pulsa...
O tempo ainda desconhece:
Os olhares que se juntam... e não se separam mais
O destino os uniu; feito encontro entre dois Rios...
Somos um; só!



(Iberê Martí)




O perfume das rodoviárias
milhares de flores- sem cor?
Pessoas correndo, sem saber qual o destino origem 
de qualquer um... um qualquer!
Facetas, em faces assustadas
de ódio, raiva ou dor?
pobres mentes, mentindo?
Rodoviárias são cruas e caras
-estupidas como um burguês-
Admito o vazio, em meus pesadelos!
Rodoviárias oferecem mil caminhos
cujo percurso é a mesma “fossa-privada”
O pastel engordurado (de óleo vencido)
O quibe sem carne
Olhos sem brilhos
Lábios sem sorrisos
Muitas vozes... nenhum ouvido!
A pseudo segurança
A pseudo moral
Não, não torne a vida:
Uma rodoviária!

(Iberê Martí)