domingo, 30 de setembro de 2012



Hoje eu engoli o medo
E por pouco não me engulo
Traguei os segredos mentirosos
E me valia da verdade tremida
Espremida entre os dedos
Entre os dentes
Se me perguntarem o que fiz
Nada... Refiz tudo
Isso não basta
Mas consola a vasta ilusão
De ser feliz com a dor alheia
Não peguei outro rumo
Mas evitei o consumo de ideias
E praticas abusivas
Não quero me acalentar
Com um canto funesto
Deixo para os que vieram depois de mim
Chegar ao fim ou queimar o resto.

(Valdo da Silva)

Chico Mendes




Minha pátria, meus heróis
Todos enterrados vivos....
No leito da terra amada,
Por qual tanto lutaram
Matéria Orgânica... 
Decompondo-se,
E alimentando a esperança
nos solitários corações puros
Que lutam, liberdade!!!

(Iberê Martí)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



No quintal, estende a mesa colonial
Do fogão a lenha, o cheiro celestial
Da vida na roça, do trabalho braçal
Colher o que a terra dá

São as montanhas, são os manacás
É a tranqüilidade, é a vida, é a paz
É a liberdade que tem Minas Gerais
É amor pra gente amar

Quero café, pão de queijo, carinho
Também prosa, se não to sozinho
Vou aproveitar, fazer um chazinho
E uma broa de fubá

Para meu deleite, um doce de leite
E goiabada pra passar no queijo
Que tem o sabor do seu beijo
Pra gente se apaixonar

(Stéphano Diniz)




O mundo em uma praça
A graça no seu Ser
A multidão, e eu no “canto”
Tentando entender
As fontes de seus Tagetes... patulas de seus lírios,
Angústia e o querer
Árvore que sustenta o ninho
Sábia há de saber
Assovio raso, o aviso na espreita.
A migalha de pão na mão da criança
O alimento do bebê, o bêbado... e os pássaros!
A praça é minha, a praça é nossa, na praça possa:
Proteger das cercas...
Proteger dos murros...
Do eu, me proteger!

A praça é uma república pública
Do povo sem “poder”
Na praça o teu sorriso
Se permite transcender
No peito a bateria
“Marca-passo” sem saber
Os sonhos de um mendigo
A moça que luta, reluta seu destino,
Acordar em praças com suas repostas
E os delírios amarelos, nos ipês
A praça é minha, a praça é nossa, na praça possa:
Proteger das cercas...
Proteger dos murros...
Do eu, me proteger!

(Iberê Martí)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

“Engas-gramática”






Se te engulo,
perco o tom
a voz e os sentidos.

Se duvido, te aponto?
No meu susto, eu te grito!
E o meu passo para o infinito...

Quando me fecho
é o meu chapéu
Para abrir
é a minha seta

Estou no fim para o começo,
e me arremesso para continuar...


(Valdo da Silva)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Pa Lavras



Não sei se quero voltar pra Lavras
Saudade de longe, repulsa de perto
Quanto mais penso, menos sei ao certo
Se essa cidade que me guarda palavras
Sábias e belas, pintadas em telas
Penduradas nas paredes de Lavras
Palavras na boca, Lavras no peito
Saudade louca, por ti guardo respeito
És mãe adotiva que protege meu leito
E guarda na boca doces Lavras Palavras
Com paredes de serras e do Grande Rio
Abriga minhas brincadeiras e desvarios
Cercadas de montes, bodes e cabras
E logo essa terra de Ipês e Escolas
Aceita minha vida superficial e tola
Vida artificial com dinheiro materno
Em diferentes palavras, céu e inferno
Em diferentes lavras, chinelo ou terno
Vivendo uma estória de favas contadas
Muitos prazeres e muitas palavras
Muitas pa lavras, pralavras, lavras
Pra lá, estou indo palavras

(Stéphano Diniz)

Perdidos na “Selva”





Nestes tantos a girar pelo mundo
Encontrando Entidades, “Avatares”, Roucos e Loucos
Concebendo conhecimento: nem muito nem pouco
Paladares aguçados de percepções
Entre silvas e “Selvas” diplomáticas de egos
Na escuridão imersa que a ciência busca, a busca
Existe uma imensidão de entenderes de “Foris”
No inicio, no principio a língua, a palavra,
 Escrita tinha intrínseco primordial significado
O ser humano andava inconformado com a falta de respostas
Hoje aceita qualquer  “prato-feito” enlatado
Se nesta Mata tem coelho, serpente ou dragão...
Eu convido Dom Quixote a lutar, sem inimigos, pela vida
Nenhum medo me impede de alcançar: o “Scire”!

(Iberê Martí)



O ex-jogador de futebol prometeu mais grana pros esportes
O sargento da PM prometeu acabar com os roubos e mortes
O professor universitário prometeu fazer mais pela educação
E os oposicionista prometeram acabar com a atual corrupção
A propaganda da situação repete: “deixa o homem trabalhar”
E vamos pra mais uma eleição, pra continuar do jeito que já tá!

O palhaço prometeu rindo que pior do que já ta num fica
O socialista prometeu que vai acabar com a burguesia rica
O outro socialista prometeu estabilizar o mercado financeiro
E o ex-pobre prometeu que agora o povo vai ganhar dinheiro
A propaganda da situação repete: “deixa o homem trabalhar”
E vamos pra mais uma eleição, pra continuar do jeito que já tá!

São os políticos se aproveitando de um povo que não acorda
A política é como um chiqueiro, com alguns porcos na engorda
Ou você deixa ou troca por outros porcos magros pra engordar
A esquerda e a direita são só a boca que mastiga e é boa pra falar
A propaganda da situação repete: “deixa o homem trabalhar”
E vamos pra mais uma eleição, pra continuar do jeito que já tá!

(Stéphano Diniz)

domingo, 16 de setembro de 2012



Taverna... taberna ... caverna
O que se encontra ali...???
Paredes rabiscadas
Conversas afinadas
Respeito às culturas,
Seu doutor, seu mendigo, seu ser humano:
Pode se aconchegar na cadeira, no chão
Tenha um copo, de copas, na mão
Se não beber também é bem vindo
Aqui, ali, acolá...
A Alma Taverna é espirito do mundo!!

(Iberê Martí)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012





O vento, leve, ventava
Trazia ou levava a esperança
Ouro é a pedra preciosa
Inútil como quase tudo necessário aos humanos,
Fardos carregados de superficialidades e estereótipos, aparentes

Vento, leve, ventava
Levando o Ouro em pó dos garimpeiros
Separados por um planeta pequeno e brilhante, Mercúrio
Servindo as manias dos egos e mentes, passivas
“Lavando a mula” no igarapé ou na zona da urbanidade

Vente, leve, ventava
Lavando as marcas que o tempo deixou
As cicatrizes,  balas de doce, enfeitadas nas paredes
Novo oeste brasileiro de pedras inglesas
Savana agonizando os sonhos em troncos tortuosos


Vento, leve, ventava
Ninhos e redemoinhos errantes
Querer nessa terra ácida de intriga
Semear Abacaxi sem espinhos
Estaquear Cajus livres de nódoa
Cultivar olhos sem medo de brilhos

Vento, leve, ventava
Vento: volta, devolva que levou
Atrás da montanha que esconde o metal,
Afiado e cortante: condutor de “ignorãnças”
Há energia e vida, e as cantigas do Jacamim

Vento, leve, ventava
Um suspiro: ainda há arado de fogo e estrada de machado,
Na mão calejada  e no peito onde germina o “legume”
No Seu Pernambuco se planta água; aqui se cria esperança
Histórias de um povo que enfeita os seus mais audaciosos delírios

Vento, leve, ventava
Na árvore de borracha brasiliensis
Sementes explodem e saltam- desafiando a gravidade?
Redimensionando as probabilidades das impossibilidades
Pintando de amarelo as paisagens de schizolobium amazonicum

(Iberê Martí)

terça-feira, 11 de setembro de 2012



Frágil e duro, forma e conteúdo oval
Simples e misterioso como o universo
Sublime e perverso como estes versos
Como o universo, gira a matéria astral

O homem tenta achar o ponto final
O homem gira pela gema, errante
Hora está perto, hora mais distante
Mas acaba chegando no mesmo local

O segredo está no centro, indefinível
Visível na cegueira dos homens cegos
Na inocência, na infância, do novo

Alguns decifraram, de forma incrível
Chegaram ao nível de matar seus egos
Eles descobriram o segredo do ovo

(Stéphano Diniz)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Saindo da cadeira.




1 - Olhe pela janela, o que você vê?
2 - Nada.
1 - E pela porta?
2 - A escada.
1 - Suba.

1 - Olhe pela sacada, o que você vê?
2 - Nada.
1 - E ao seu lado?
2 - A escada.
1 - Suba.

1 - Olhe para baixo, o que você vê?
2 - O telhado.
1 - E pela beirada?
2 - Nada.

1 - Feche o olho, o que você vê?
2 - Nada.
1 - O que ouve?
2 - O chamado.
1 - O que sente?
2 - A pele ouçada.
1 - Seu coração?
2 - Disparado.
1 - O que quer?
2 - Descer.
1 - Sente medo de cair?
2 - Não como eu senti antes de subir.
1 - Mais uma vez, o que você ouve?
2 - O chamado.
1 - Sabe quem chama?
2 - A estrada.
1 - Abra o olho, o que você vê da beirada?
2 - O por do sol.
1 - Desça.

1 - O que você vê da sacada?
2 - A montanha.
1 - Desça.

1 - O que vê pela porta?
2 - Quem me chamava.
1 - O que vê depois?
2 - Nada, mas não é o mesmo nada de antes.... Agora entendo, a vida é a estrada, ela me chama e depois dela não vejo nada.
1 - Antes do fim, o que vê?
2 - Minha amada bem no meio do caminho. Desculpe-me, vou te abandonar (pega a mochila), a caminhada já demorou muito pra começar.
1 - Adeus.

E assim partiu mais um que precisou fechar os olhos pra ver.

(Mário Hennrichs)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Eu queria nascer cego




Eu queria nascer cego
Cego de cegueira nascida e vivida
Inventaria meu mundo em uma praça pequena e simples
Cego de qualquer preconceito de cor
Um inventor de arcos desprovidos de cordas e flechas desnecessárias de pontas
Cego de concessões e ilusões necessitárias
De corações sem paixões materiais e doentias
Cego de qualquer norma ou conduta burocrática
Relutaria a qualquer objeto quadrado ou ângulos fechados
Cego de julgamentos, razões e mandamentos
Respeitador do Ser e as desmedidas diferenças
Cego de consequências, probabilidades ou mentirinhas em doses diárias
Modelaria no pensamento cada faísca indesejada que imaginar
Cego de qualquer visão que me remeta medo
Desconhecer a formas, as explicações e seus fantasmas
Cego a escrevinhar minha história de desambições
Apenas um desavisado a importância em estar no meio
Cego a criar lírios nos cantos dos pássaros
A rabiscar com giz-de-cera no vento o destino de meu tempo
Cego de criação circular, meu universo é minha invenção,
Afogar as mãos na areia e castelos que a água leva, e leve evapora
Queria nascer cego; cego de ego e cego de querer
Se a cegueira faltar, desavisado vou construir meu Luar
Cego de vazios e calafrios, cego de angustias
Sem dogmatismos buscando um fim para instantes que emergem do nada
Cego a viver, e Amar Platonicamente entre conexões interestelares
Enfeitando a Lua e as Estrelas com sonhos e poesia
Cego eu consigo, cego eu concebo o “Déjà vu”,
Desencontro a luz e me perco na existência...
Os Cegos são nossos semelhantes evoluídos e agraciados por deus!

(Iberê Martí)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012




Venho através deste texto discordar totalmente das tuas idéias, propagadas em seu texto intitulado “Coisas Sobrenaturais”.
Talvez em sua terra natal as lendas já tenham caído no esquecimento. As estórias francesas, que se misturam à história francesa, é recheada de casos – verídicos ou não – sobre cavaleiros, castelos, reis e reinos de glória, napoleões, camponeses, Asterix, revoluções. Não creio que teu povo tenha esquecido disso. Creio que você, este ser assexuado, composto apenas pelo lado racional de um ser, tenha se perdido demais nos fatores causa/conseqüência, explicações para tudo, forma científica de ver as coisas, vamos logo montar experimentações e avaliar hipóteses... enfim, a academia (universidade) te fez perder toda a sensibilidade para lidar com aquilo que não vem de revistas científicas.
Todas as vezes que olho para a lua, cheia, branca, linda e mística, nascendo atrás das montanhas e iluminando meus caminhos nas noites escuras, vejo a luta eterna entre o grande cavaleiro São Jorge, contra o temível Dragão. Se você disser que é impossível, lá não tem atmosfera, o homem já foi lá e andou naquele solo, eu digo que é mentira. E afirmo isso com a certeza que você nunca olhou pra Lua Cheia. Não como se deve.
Toda vez que eu reparo em uma planta vejo como é incrível que, sabe-se lá porque, uma semente foi parar ali; de uma coisa tão pequena, apenas com ar, água e um pouco de coisas da terra, ela pode se tornar em tão bela e grande árvore. Grande o suficiente para servir de repouso para os pássaros, que devolvem a gentileza com o mais belo canto.
Todas as vezes que vejo um rodamoinho levantando poeira no terreiro, na roça, sei bem o que é. Preparo já minha garrafa, com cruz na rolha... você não entenderia.  Para você, a mula sem cabeça, que solta fogo pelas ventas, é um paradoxo. O boto que você vê nadando em um rio é diferente do que eu vejo.  E se você não acredita em duendes, gnomos, fadas e principalmente discos voadores e seres extraterrestres, é óbvio que você nunca esteve em São Thomé das Letras.
E se você não viveu nada disso e acha que perdeu a infância, peça a São Longuinho para encontrá-la.
Você nunca entenderá, pois é apenas o lado mais racional daquele ser que vos escreve. Você saltou para uma realidade tão imaginária quanto a dos sacis, fadas, ET’s e seres da floresta. Jamille, você saltou da minha mente num momento em que a sociedade cobra uma inteligência hipócrita, dos falsos sábios. Você veio a corrigir racionalmente estes desvios numa época tão obscura e falso-iluminada. Você é grande e necessária. Mas alto lá! Não desafie a imaginação do povo brasileiro, contrariando aquele que te criou e que te mantém. Você escreve pelas mãos dele, e a ele deve respeito. Não afronte o lado mais infantil, encantado e místico de teu próprio criador. A criatura não vai engolir o criador.
Uma poesia daquele mesmo teu amigo que conhece o mundo caminhando por ele:

Sei que você é doutora, mas largue a calculadora,o que aprendeu estava errado
Observe bem cada planta, onde o pássaro canta, pensa no seu passado
Verdadeira Semente, nem crente nem descrente, porque é assim que deve ser

Olha o milagre da candeia, na rocha que se semeia, sem ninguém pra semear
Cresce no sol e no vento, real ou só pensamento, ninguém pra imaginar
Olha a tartaruga, bicho indefeso só casco e ruga, porém uma vida milenar

Se você não for caipira, a floresta chama o curupira, para te dar uma lição
A não duvidar do nosso Brasil, coisas reais que o povo viu, da nossa imaginação
O poder do nosso folclore, para que nosso povo não chore, diante da desilusão

O saci existe e é real, se você não tem vara de pau, a garrafa com a rolha exata
Verá o mundo em preto e branco, mais triste e mais franco, de terno e gravata
Mas esse mundo de alegria, esta ilha da fantasia, também pode ter você

(Stéphano Diniz)



Por Jamille Ravel



Ontem um amigo que fiz aqui no Brasil me disse que uma vez estava na roça, à noite, quando viu um disco voador. Era uma luz, estranha, que se movia com rapidez, e parava repentinamente. Afirmou que não era nada que ele já havia visto; sem dúvida, era um disco voador, desses que tem seres extraterrestres. Hoje eu liguei a TV num canal de documentários e passava um programa sobre casas mal assombradas. Mostrou a história de uma casa em que o colchão pegava fogo espontaneamente, e também os objetos caiam ou se moviam, sem explicação alguma. Enfim, sem dúvida, uma casa mal assombrada por fantasmas que possivelmente pensam que ali ainda é lugar deles.
     São duas situações que eu, como cientista, estudiosa das populações humanas, acadêmica, amante da razão e do saber, não posso aceitar. As duas possuem um erro lógico muito com da mente humana: querer explicar tudo, apelando para coisas místicas e extraterrenas quando a coisa parece de fato inexplicável. Comecemos um pouco antes na história da humanidade.
     No início da história dos homens, antes da era da ciência moderna, povos esclarecidos viam relâmpagos caírem, causando destruição no entorno. Era um fenômeno inexplicável. Para estes povos, era tudo castigo de deus ou entidades superiores. Outros povos viam cometas que passavam pelo céu e já acreditava ser fenômeno sobrenatural. Os próprios povos da América Central, antes da chegada dos europeus, ao ver estes chegando sobre cavalos, pensaram que eram uma entidade única, metade humano metade animal. Durante a história humana, ainda aproveitando a ignorância dos povos, se diziam superiores utilizando fenômenos hoje simples pra gente, como utilizar substâncias químicas para transformar água em um líquido vermelho que diziam ser sangue, ou mesmo fazendo coisas se moverem espontaneamente, quando utilizavam simples ímãs. Portanto, na ignorância humana, os povos, diante de alguma coisa que não sabiam explicar, apelavam ao sobrenatural. Algumas coisas que hoje temos alguma explicação simples e plausível.
     Voltando para os dois casos, vamos supor que os relatos sejam reais. Vamos supor também que de fato aconteceu alguma coisa real, que existiu, e que as testemunhas descreveram da forma exata como ocorreu. Por que a coisa que meu amigo viu no céu é um disco voador com ET’s? Só porque teoricamente não sabemos explicar o que é? Não pode ser algum fenômeno que, como os trovões ou cometas na antiguidade, não sabemos porque ocorrem? E os fantasmas? Só porque ocorre aquele conjunto de fenômenos que não explicamos, é prudente já afirmar com certeza serem fantasmas? A nossa ciência já sabe tudo, e o que não podemos explicar tem que ser sobrenatural? Calma lá. Não sejamos tão ignorantes a ponto de não admitir a própria ignorância.
Isso lembra a poesia de um amigo que conheci no Brasil, um curioso sem formação, que estudava o mundo e a vida simplesmente vivendo.

Santa Ignorância, padroeira dos homens cegos
Tamanha tolerância para convencer pregos
Que tem cabeça dura, chata e não mudam opinião
Um homem já falou sobre metamorfose ambulante
Mas como é muito mais confortável ser ignorante
O povo preferiu continuar na caverna de Platão
Quando será que o homem sentirá o violento vento
Da sabedoria, saber utilizar o poder do pensamento
Para acordar, mudar, pensar iluminar esta escuridão
Enquanto isso, a Santa Ignorância lava as mãos