quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Disritmia



Não sou um bom cantor
Tampouco sei de xaveco.

Se a gente somos,
uma vida toda
Uma nota só...
A melodia, essa
as vezes muda
A corda desafina,
perde o tom.

Tem acordeom
que se arrebenta
[a garganta grave,
o lábio agudo]
O coração sustenido,
disritmia bamba.

A poesia é a mentira
mais verdadeira
(que brota da pele)    
A música é a falsidade
 mais sincera
(nasce do ascender da alma)


(Iberê Martí) 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Estrada: perfume de flor




Aonde o Sol repousa mais cedo
no Mato Grosso ou no Paraná.
A solidão de uma vida toda...
destino acaso, sorte encontrará?

Melindrosos conselhos. Modesto!
Se tens medo fé, noite e dia...
Se é que a vida é doce e amarga
E “eu”? Eu só sei, fazer poesia

As estrelas seguem seus trilhos
Ladrilhos luz, desenho no espaço
O futuro é distante; o passado é
saudade; e o presente um abraço!

A lua alumiar mais de perto
na linha tênue do equador...
Se o peito ponteia mais forte
Estrada... é perfume de flor!


(Iberê Martí) 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Estrada



Quimera de Coração!
A gente sempre
carrega um pedaço.
Em contrapartida,
arranca um
Outro!


(Iberê Martí)