Me
rebuscam a porta do ouvido ponderar
Aonde
tanto orgulho, tanta razão, angustia e rancor...
Me
levaram há caminhar sobre o Deserto.
Este
seco, abismo interminável que contamina os olhos céticos
Prefiro
delirar no orvalho escuro de cada manhã
E
deitar a cabeça no travesso avesso das incertezas.
Não
tenho nada pra dizer aos poucos que comunico
E
por muito poucos suplico um dedinho mais de atenção.
Ao
grilo, ao galo, as coisas improveis e inúteis da Vida.
Não
sei por que o paraíso não se encontra vendível na esquina
Tampouco
posso me comparar os chatos e charlatões.
Embora
cada vez mais irresistível vontade de separar,
O
eu provável de mim mesmo!
(Iberê
Martí)