Soneto
do Poeta Apaixonado (versão I)
O
poeta estava lá no canto, quieto
Escrevendo
seus versos do dia a dia
Mas
eis que você chegou muito perto
E o
interrompeu a primeira poesia
Teu
sorriso deixou o poeta mudo
Teu
cheiro deixou o poeta cego
Teu
olhar estraçalhou o escudo
Do
que ainda lhe restava do ego
Pobre
poeta, agora teu escravo
Seus
versos agora tem destino
E o
destino do poeta é o teu
Mas
não o deixe triste ou bravo
Entregue-se
logo a esse menino
Ele
lhe dará as estrelas do céu
Soneto
do Pobre Poeta Apaixonado (versão II)
O
poeta estava lá no canto, quieto
Escrevendo
seus versos do dia a dia
Mas
eis que você chegou muito perto
E o
interrompeu a primeira poesia
Teu
sorriso deixou o poeta mudo
Teu
olhar deixou o poeta cego
Teu
cheiro estraçalhou o escudo
Do
que ainda lhe restava do ego
Pobre
poeta, teu prisioneiro
Agora,
escrevendo algemado
Alguns
versos presos a ti
O
poeta delira com teu cheiro
E
ele se alegra, mesmo calado
A
cada vez que você sorri
(Stéphano
Diniz)