Quando
estiver suficiente molhado.
Úmido
lençol, travesseiro, colchão
E
os pensamentos todos desalojados,
será
feito o despejo em meu coração
Cortejo
os defeitos de outros, com sorrisos
-
na ignorância que ignoro os meus –
Coleciono
lembranças do que é improviso
Coleto
os desejos dos que são de deus
Mas
quando a chuva passar, meu bem
Pra
depois da seca, a cerca, e a sede clamar
O
lábio confessa, não pertence a ninguém
E
a marca do beijo, e o que resta é sonhar
E
acordar com os raios ultravioleta do sol,
no
calor da Época de aquecimento global.
Enxugar
a garganta no canto de um rouxinol
Outra
dose, um brinde ao mistério do casual
(Iberê
Martí)