Meu Araguaia, nosso descanso
Minha rede é berço em
vossas margens
Majestade, símbolo de vida, altar dos poetas.
Virgem Ilha fluvial e teus Carajás
Imenso bananal de árvores e
bichos,
e abelhas nativas livres de
ferroadas.
Tua lua reluz mais próxima
da terra
quando entre folhas
desponta,
A floresta, os céus e as
águas
E o pescador margeia te a
remo
navegando lento, suave e
calmo,
no silêncio do leito que
corta...
A canoa e o canto dos pássaros
Voando igual a imaginação que
desperta!
Araguaia é metade rio,
metade descoberta
Metade verdade, e a outra
margem é lenda
Rio de areia, água rasa,
que surpreende
Sinto saudades de ti, distante e alheio
Da ganância e das mãos, que
lhe devoram
(Iberê Martí)