quarta-feira, 17 de outubro de 2012




Lançaria um abismo a mim
um abismo sem fim,
este Meio sem início
não me pertence
abismos,
tão pouco ou menos, os fins
desesperados bocejos

Lançaria um abismo olhar
mar de transcendentes penadas
almas
enigmas de quantas passadas
vidas... retinas em dimensões
e outras,
cílios distantes em festejo!

Lançaria um abismo o desejo
Solidão que abraça um largo
lagoa de lagrimas
não despejo...
há um vazio maior ao desprezo
submissão.
A mim só pertence.
Indiferente lucidez!


(Iberê Martí)

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