sábado, 20 de abril de 2013



O Crítico que duvida de tudo
Eremita por natureza,
O Cientista remoendo a ciência
Tem o Cético ardendo tristeza.
Olhar do Místico é um tanto poeta
O Vidente afagando a pureza
Malandro logo cria o profeta
A Justiça amarrou-se em braveza.
Demente que vive sem fé
A Estética impondo a beleza
Diplomatas acalentam o martírio
Moralistas traídos por suas fraquezas!
Vagabundos não andam maltrapilhos
Quantos Sábios não detém de destrezas?
Intelectual prisioneiro de suas verdades
Eruditos escondem suas baixezas.
Gladiadores de um status abstrato
Humanistas se fazendo de presas
Mendigos implorando pro urbano lixo
Progressistas plantando malvadeza
Os Artistas se rendendo ao sucesso
Fracassados suicidando clarezas
Jogadores em um tempo sem brio
Ambientalista amargando riquezas.
Cachaceiros no pranto do cais
Tolerante contrariando sua reza
Os Amantes reescrevendo o pecado
Aventureiros inventando proezas.
Marqueteiros querem sempre mais...
Povo marcha sem nenhuma defesa
Minorias mandando em capataz
Os Confusos plainando leveza
Os que Acreditam lutam contra si
Animais contra sua vileza
A Laranja se desfez do bagaço
Palhaço rindo da própria estranheza
O Político que é reflexo de um todo
Estadista mergulhou em avareza
Os Raros se perderam na multidão
Idealistas, vendetas transpirando crueza
Alquimistas difundindo mistérios
Maniqueístas tapados em rudezas
Carpinteiros sofrendo calados
Mudos sustentando a nobreza,
Tudo isso, neste Mundo de um pai...
Mentiroso, nossa única Certeza!


(Tom Nicolau da Silva)

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