sexta-feira, 20 de março de 2015

O Velho Faroleiro


Eu queria um dia ser
Como um velho faroleiro
Que ama aquele cheiro
Da água salgada do mar
Orienta as embarcações
Ilumina os corações
De quem está a navegar

Pois o velho faroleiro
Não sofre de solidão
É amigo das gaivotas
Das ondas, das ilhotas
Do vento, do mergulhão
E logo ao baixar do sol
Ele sobe em seu farol
Iluminar a escuridão

Já que o velho faroleiro
A vida, ele já venceu
Ouve estórias do vento
Lê estrelas no firmamento
O tempo ele compreendeu
Não sente falta da cidade
Nostalgia não, só saudade
De um tempo que se perdeu

Aliás, o velho faroleiro
É um eterno aprendiz
Lá o tempo não passa
Não precisa de trapaça
Ele cria a própria raiz
Possui a paz interior
Pois aquele velho senhor
Aprendeu a morrer feliz


(Stéphano Diniz) 

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