Eu
sei que deixei por ai
Pandeiro,
amor e tempero
Deixei
sabor e saudade,
um
monte de vaidade
e
com muita alegria vivi.
Ainda
não me esqueci
E
quando me lembra
Corda míngua e vida bamba,
e
tantas escolas de samba.
Aquarela
e desespero, sorri.
Por
nada, agradeço
Nada
posso apagar,
O
sincero é sem preço
Pouco
reclamo do azar.
E
se caminho calado
Somente
quem está
ao
meu lado. Reconhece
aonde
pretendo chegar.
É
que meu dom é sonhar...
Culpa
eu de não aceitar,
pra
onde vá o mundo
"A
vida como ela é",
até
que esforço e entendo
As
vezes finjo de surdo
As
vezes prefiro calar.
Minhas
marcas são letras
pequenas.
Rascunho e contraponto
E
quando acho um desencontro
Recuo. Não sei se estou pronto!
Porque
na terra existe veneno
Mas
o destino é pequeno
E
o Tempo há de me devorar.
Nunca
que eu admito, sorte
E
se me vestem de mito
minto,
e disfarço com nariz
vermelho,
meio de palhaço.
No silêncio retribuo o abraço
Entretanto
eu sei que o meu
Olhar,
não é como dantes.
E
meu sorriso vazio, vaga
Longe,
um tanto distante
É
que no lugar que estou
Já
não suporta o “eu”...
Quem
Estrada confidente?
Coração
vagão lotado,
conforta e quando transborda
conforta e quando transborda
gente
lutando ser gente.
Mas
um dia chega há hora
O
bornal, é melhor ir embora
Pra
distante daqui, um lugar
molhado.
Com saber de “caqui”
Lavas
as letras agora, e se vou
(Sinto
saudade, derradeira seresta)
Partilhar lágrimas, eu pouco aprendi!
(Iberê
Martí)
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