Chuva que vem repentina
e bate na gente de alegria
Chuva que esparrama
pelas ruas folhas, galhos e flor
Chuva entumece janelas
de vidro, e abriga o silêncio
Chuva que umedece a
alma, e nos embriaga de tédio
Chuva amiga, por ti os
meus pássaros gorjeiam bossa!
Chuva que toma as
árvores de encanto, e faz vida sorrir
Chuva que breca os
homens; encharca as avenidas
Chuva monótona enfurecida,
que transborda bueiros e ruas
Chuva que carrega o
progresso pro seu lugar, pra lama
Chuva que para o tempo,
e joga a rotina na disritmia!
Chuva tu é castigo? Doce
pecado, reluzente esperança
Chuva é fonte e foz.
Perfuma a terra e essas vidas secas
Chuva de cândida
beleza. Rebelde, que representa a força
Chuva que é semente e
espinho, disso tudo que há, Natureza...
Iberê Martí
Nenhum comentário:
Postar um comentário