segunda-feira, 4 de junho de 2012





O perfume das rodoviárias
milhares de flores- sem cor?
Pessoas correndo, sem saber qual o destino origem 
de qualquer um... um qualquer!
Facetas, em faces assustadas
de ódio, raiva ou dor?
pobres mentes, mentindo?
Rodoviárias são cruas e caras
-estupidas como um burguês-
Admito o vazio, em meus pesadelos!
Rodoviárias oferecem mil caminhos
cujo percurso é a mesma “fossa-privada”
O pastel engordurado (de óleo vencido)
O quibe sem carne
Olhos sem brilhos
Lábios sem sorrisos
Muitas vozes... nenhum ouvido!
A pseudo segurança
A pseudo moral
Não, não torne a vida:
Uma rodoviária!

(Iberê Martí)

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