Era um Tempo semi-coberto,
um tempo sem tempo, um templo sem teto. Açúcar mascavo reescrevendo o alfabeto.
Relendo a gramática no tempo dos espertos. Solitárias, árvores raízes e flores,
enfeitando o concreto. É o vestígio velho dos ranzinzas nos convidando pra
bailar...
Era um Clima feio e frio.
Sem inter-relações humanas: um vazio sombrio. Era a temporada dos virtuais cibernéticos.
Mensagens subliminares pseudo controlando o imaturo hipotético. É o vestígio dos
amargos nos convidando pra sambar...
Era a estação das mudanças
climáticas. Calendários botânicos desdizendo a estática. Era a idade dos
acontecimentos. Dos ciclos sagrados, de nosso crescimento. É o vestígio dos antigos
amargurados nos convidado pra cantar...
Era a época das revoluções. Dos
rebuliços, de vasculhar os porões. Era a Era das transfigurações. Dos monopólios
e concentrações. De enfeitar Palavras outras concepções. Era o espaço das
aglomerações. É o vestígio do sagrado nos enganando pra dançar...
Era o ponteiro do relógio apontando,
as multidões em relações Horizontais chegando. É novos valores, vícios maneiras
(vãs) nos alimentando. A cintura dura, de tão madura, apodreceu. É o vestígio ancestral
estancado querendo a música calar...
Era o Nada amorfo, e tudo parecia
confuso, triste medonho e difuso... mas o vento de agosto abraçou o meu rosto
em pleno mês de julho. Enfim acordei, pra uma nova Utopia, dancei sob plumas a sonora
melodia. É quem largou os Vestígios no canto, cantarolou a transgressão da Poesia...
Era o Ventre do conhecimento
cheio de luz, água e energia. Radiante percorrendo novos trilhos caminhos e dias.
Era o suspiro arrepiante (de doce gosto), nas ruas um Mundo Novo ansioso por
gestar...
(José Tamuya)
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