quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O desdobrar de um papel


Coadjuvante papel me concede a História
Nem de longe principal, nem perto de
Glórias
Se me vanglorio, as vezes
(para não perder o costume)
Pois se ando acostumado,
nada muda, e o mundo não para!
Gira relativamente a órbita do Tempo
Perdida nesta obsessiva mania maniqueísta
Elíptica faço pose de artista, no mesmo instante
Sou sério - sereno.
Tomado de ironia, vil desejo absurdo
De fazer tudo, de Novo antes
Que esqueçam de minha existência
Que me apaguem da memória
A gravura no papel, o timbre o carimbo, a cor o selo
Relógio ilusório impávido e indiferente,
Um dia desbota, quando nunca atrasa...
O desdobrar conciso, e o meu Papel!


(Iberê Martí)

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