sábado, 21 de junho de 2014

reminiscência


 

Fragmento desbotada, sonha?

Uma noite confusa, sem fim

Madrugada, perfume indecifrável

Em meu rosto, ser risonho

 

Rabisco, rascunho rasgado

Este desejo interminável,

Um prazer imprescindível

Meu peito doce, salgado

 

Molhando madrugada, lençóis

Embaraço, oxitocina cintilante

Debruças, debaixo cima braços

Entreguem ao mundo, e sóis

 

O sol nasce, e nos escurece

Noite desce de qualquer maneira,

Resplandece, se torna pequena

Diante o início, e já amanhece

 

O passado volta ao seu lugar,

Descompasso que se desconhece

Um abraço, beijo sabor de primeiro

Instante de quem, última palavra rogar

 

(Iberê Martí)

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