Tah lá viu
Oh, flor de abril,
que se abriu
Em meu Peito
Teu leito
Nosso leite
Derramado
Na cama, na lama
Na fama...
Nossa sentença
Tah lá viu
No tribunal
No juízo dos homens
Na boca dos nobres
Na mesa dos pobres
Na fome do burguês
Na inocência do freguês
Na decência do camponês
E na mãe que tira da boca,
pra alimentar o filho pagão
Tah lá viu
Na estrutura
No imposto do Estado
Na privada, privada
Na ganancia mal paga
Na exploração infantil
No poeta servil
No sistema a pedir,
Ao mendigar esmola
Tah lá viu
Na mente
Quem mente que controla
Que trolla por cima
Que esquece a rima
E vive sem nada.
Que chora há amada,
O tempo que quis
Passou, padeceu
Sem “poder” ser feliz
(Iberê Martí)
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