Hora
sou um príncipe, hora um sapo
Aos
olhos e bocas de outras que me veem
Eu
continuo tropeçando em passos lentos,
Há
caminhar...
Hora
pertenço a nobreza, hora um plebeu
Depende
o motivo situado na ocasião
Eu
continuo mofando ao relento,
Há
caminhar...
Hora
me torno de diplomata, hora sou Baco
Cumplice
eterno do amar e da razão
Eu
continuo o exagero dos que sonham,
Há
caminhar...
Hora
eu uma fortaleza, hora em prantos
Faz
parte do banquete, da fome, da mesa
Eu
continuo demasiado vestígio humano,
Ou
meu Azar!
(Iberê Martí)
(Iberê Martí)
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