quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ou meu Azar


 

Hora sou um príncipe, hora um sapo

Aos olhos e bocas de outras que me veem

Eu continuo tropeçando em passos lentos,

Há caminhar...

 

Hora pertenço a nobreza, hora um plebeu

Depende o motivo situado na ocasião

Eu continuo mofando ao relento,

Há caminhar...

 

Hora me torno de diplomata, hora sou Baco

Cumplice eterno do amar e da razão

Eu continuo o exagero dos que sonham,

Há caminhar...

 

Hora eu uma fortaleza, hora em prantos

Faz parte do banquete, da fome, da mesa

Eu continuo demasiado vestígio humano,

Ou meu Azar!


(Iberê Martí)

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