Vá
Menina, permita me seu
Atravesse
a ponte de woodstock
Se
improvise em meu coração
Sou
metade Poeta, metade Plebeu
Vá
Menina, feito civil em avião
Voo
inocente, apagando em chamas
Batalha
bastilha paixão, frio é o poder
O
poderio bélico de seus lábios
Vá,
postule me seu enigma
Menina
as palavras e virgulas
Me
engendrar no seu descaso
E
me ninar no teu descanso
Vá
Menina, há Vida e vento
É
sopro e também despedida
E
encontro, suspiro sufoco
Ancora
de mar em movimento
Vá,
ponha me venda na razão
Menina
brinque de coisa sincera
Me
enfeitice os olhos teus
E
depois me cuspa na lama
Vá
Menina, me lance à sorte
O
norte de minha indiferença
Sentencie
anjos e libélulas
Ávidos
desejos de ciganas
Vá,
segure em minhas mãos,
Menina
de olhos de Atenas
Deixe
o cinema (re)produzir
Um
filme emberno, inacabado...
(Iberê
Martí)
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