Eu fui um poeta dos antigos
Caminhei nas nuvens e
vasto
Travei luta contra moinhos
E tenho o Vento como amigo
Passei ileso pela idade
média
Coração enfermo, peito doente
Carente, cadente sem
direção
Séria e trágica,
evidente Comédia
Fui por tempos um
trovador
Pelas estradas e pelos caminhos
Com pés rachados, dor e
suor
Cantarolando as coisas
do Amor
Hoje o aedo me devolveu
o papel
Fui ao céu condecorar
querubins
Meus olhos refletem dura
realidade
Mas em sonhos, sou um Menestrel
(Iberê Martí)
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