sexta-feira, 31 de outubro de 2014

As Bruxas!


 

Hoje eu vou revelar uma lembrança

De um tempo em que eu era criança

Andava, brincando sozinho na relva

Quando vi, estava perdido na selva

Então um gato preto me guiou

 

Vi uma casa velha e estranha

Na floresta, no pé da montanha

Bem próximo de um barranco

Uma velha de cabelos brancos

Que com voz rouca me chamou

 

Venha cá, criança, não tenha medo

Me dá aqui tuas mãos, teus dedos

Esta aqui é a minha casa, entre

E sinta-se no sagrado ventre

Que um dia foi de tua mãe

 

Vou lhe revelar alguns segredos

De que homens tanto tem medo

Contar histórias da antiguidade

Dar a você uma dose de realidade

Oferecendo-lhe deliciosas poções

 

No tempo em que Bruxas queimavam

Os homens por medo a tudo atacavam

Mas esqueceram algumas nossas amigas

Somos herdeiras da sabedoria antiga  

Que amedronta os donos do poder

 

Nós, Bruxas, não somos más

Nós desejamos muito mais paz

Que aqueles que nos queimavam

Enganados pelo que odiavam

A harmonia na essência do ser

 

Hoje eles pensam que venceram

Mas, o principal, eles esqueceram

O segredo da divina convivência

Manter o equilíbrio na essência

Da interação entre os seres, viver

 

(Stéphano Diniz)

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