Hoje
eu vou revelar uma lembrança
De
um tempo em que eu era criança
Andava,
brincando sozinho na relva
Quando
vi, estava perdido na selva
Então
um gato preto me guiou
Vi
uma casa velha e estranha
Na
floresta, no pé da montanha
Bem
próximo de um barranco
Uma
velha de cabelos brancos
Que
com voz rouca me chamou
Venha
cá, criança, não tenha medo
Me
dá aqui tuas mãos, teus dedos
Esta
aqui é a minha casa, entre
E
sinta-se no sagrado ventre
Que
um dia foi de tua mãe
Vou
lhe revelar alguns segredos
De
que homens tanto tem medo
Contar
histórias da antiguidade
Dar
a você uma dose de realidade
Oferecendo-lhe
deliciosas poções
No
tempo em que Bruxas queimavam
Os
homens por medo a tudo atacavam
Mas
esqueceram algumas nossas amigas
Somos
herdeiras da sabedoria antiga
Que
amedronta os donos do poder
Nós,
Bruxas, não somos más
Nós
desejamos muito mais paz
Que
aqueles que nos queimavam
Enganados
pelo que odiavam
A
harmonia na essência do ser
Hoje
eles pensam que venceram
Mas,
o principal, eles esqueceram
O
segredo da divina convivência
Manter
o equilíbrio na essência
Da
interação entre os seres, viver
(Stéphano
Diniz)
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