Então
eu era eu...
Um
velho Verbo que desentendeu
Vendados
passos até o coliseu
Vendem
promessas para persuadir.
Vaguei
como um francês...
Em
Bora Bora sem ser um burguês
Quem
sabe agora cresça meu nariz
Vou bajulando
o meu chafariz
Nem sei
se quis parar...
Nestas
gramaticas de um português
Na
dialética que se faz se fez
A
conjuntara eis que distinguir.
E um
dia avisar...
Pra aquele
muro há se alcançar
Mérito
cego deste meu azar
O
meu sucesso nunca foi vencer
Talvez
acompanhar...
Colher
as flores no grande jardim
Meu
tropical sangue tupiniquim
Supera
o frio do clima europeu.
Até
profetizar, a elegia de um samurai
Lamina
de espada serve a servidão
Que
corta veias do meu coração
Vou
praticar a não ser mais juiz
Passei
bem devagar...
Ventos
aflitos neste seu olhar
Em
praças livres segue a cavalgar
Nos
sonhos lindos de uma meretriz.
Chorei
ao perceber...
Sou
prisioneiro deste meu querer
Meu
egoísmo nem quis perceber
O
meu destino, ser um infeliz
Viver
como um plebeu...
Acreditar
em filmes como “prometheu”
Miscigenada
cultura que se deu
Monoteísta
este meu viver.
E
buscar aprender...
Que
meu silêncio se fez entender
O
vento e o tempo são o meu saber
Conhecimento
quem detém desdiz
Ao
lado do Saber, eu vou até lutar...
Se
Dom Quixote no posto de rei
Pelas
utopias que já apanhei
Ensinam
os Mestres que existem por ai...
E permitir
inté sorrir...
A alegria
bela em cada detalhe
O instante
no Universo antes que se espalhe
Indiferente
ao nosso existir!
E reconhecer
Chico Buarque
Rasgar
as folhas do antigo almanaque
Letras
aos versos vão arremessar
É
displicente o meu caminhar!
Então
eu era eu...
Voar
sem asas é um sonho meu
Perder
da lógica que se absorveu
Não
sei vender, não sei iludir!
(Iberê Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário