quarta-feira, 13 de março de 2013



Eu só faço palavras encaixadas
Palavras que o povo dá risada
Na verdade eu não faço nada
Ri o amante e a mulher amada

O povo ri do meu nariz de palhaço
O povo ri de tudo o que eu faço
Não me poupam do suor, cansaço
Em cada esquina, em cada passo

Dentro de mim, vive a tristeza
No riso do plebeu ou da princesa
Eu escondo a luxúria e a avareza
E outros cinco pecados com certeza

Eis que sou apenas o bobo da côrte
Fraco querendo parecer mais forte
Sentindo que merece melhor sorte
Viver a vida sem temer a morte

(Stéphano Diniz)

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