Vastos sentimentos mudos,
de um mundo absurdo
que me abandona aqui.
Daqui não vejo as cores,
não sei o sabor das flores,
que brotarão em meu jardim.
Insólito mundo solúvel,
não percebe a qualidade,
das sementes nascituras de mim.
De onde veio a vida?
Por que mistério a morte?
Para que a sorte,
se nada chega em mim?
Olho o mundo
e ele não me olha.
Sou somente espelho,
e não o ser a se olhar.
Sou a sombra de mim vivida,
da minha graça possuída,
e lá se vai mais um dia a se passar...
Nada de novo, nada de importante,
Segue o rumo a desesperança,
a cultivar a espera em mim.
(JOANA CAJAZEIRO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário