quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Matéria Viva


Todo vez que enxergo
o Mundo,
de dentro
Tapo os olhos
Recuso assistir
Montanhas que se modelam
Intempéries do Tempo
Água que não se contém
em forma alguma
Forma algo novo
Renova
És Matéria Viva

As batalhas perdidas
Por insetos, predadores e vigoras
O sol que irradia
A lua e a poesia
Tudo contempla
Complementa
Algo que falta
Reorganiza
(re)forma
Dissipa e aglutina
Gira mundo
És Matéria Viva

Travessia e horizonte
Caminho e sabedoria
Em silêncio sinto,
veias salgadas a pulsar por meu corpo
Herança do mar
E seus elementos
(O sódio, o potássio e o cálcio)
O ócio da era Cambriana
Latentes artérias
Pulsam contra a gravidade
Impulsionam
És Matéria Viva

Luta eterna
Chama, fogo e calor
Ar oxigena
(respirar por agora)
Transpiro
Pelos pés
“esponja venosa”
Salto em outro
paraíso
Perdido de mim mesmo, parado
Varizes me cerceiam
Matéria morta...

Em plena vida!


(José Tamuya)

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