terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Soneto do Poeta Apaixonado

Soneto do Poeta Apaixonado (versão I)

O poeta estava lá no canto, quieto
Escrevendo seus versos do dia a dia
Mas eis que você chegou muito perto
E o interrompeu a primeira poesia

Teu sorriso deixou o poeta mudo
Teu cheiro deixou o poeta cego
Teu olhar estraçalhou o escudo
Do que ainda lhe restava do ego

Pobre poeta, agora teu escravo
Seus versos agora tem destino
E o destino do poeta é o teu

Mas não o deixe triste ou bravo
Entregue-se logo a esse menino
Ele lhe dará as estrelas do céu


Soneto do Pobre Poeta Apaixonado (versão II)

O poeta estava lá no canto, quieto
Escrevendo seus versos do dia a dia
Mas eis que você chegou muito perto
E o interrompeu a primeira poesia

Teu sorriso deixou o poeta mudo
Teu olhar deixou o poeta cego
Teu cheiro estraçalhou o escudo
Do que ainda lhe restava do ego

Pobre poeta, teu prisioneiro
Agora, escrevendo algemado
Alguns versos presos a ti

O poeta delira com teu cheiro
E ele se alegra, mesmo calado
A cada vez que você sorri


(Stéphano Diniz)

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