terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Triste início


Planejara primeiro ter
para depois ser, mas nunca foi.
O tempo se passou e até o
que tinha se foi.
Iludira-se com a perspectiva
 do futuro que nunca chegou.
Arrependeu-se, mas o tempo
não mais voltou.
 Foi embora e até mesmo sem
despedida se pôs.

Enriqueceu, comprou, mas
nessa vida nunca amou.
Até que o tempo, seu corpo
enfim definhou,
Pedira chance, mas sem
resposta ficou.
Morreu e sem vida vivida para
si destinou.
Um homem de posses sem
história se foi.

Se foi sem nunca ter sido e
tudo que tinha restou,
Não deixou ao menos
lembranças ou cartas de
amor.
Em sua lápide o vento
tristemente gravou,
Aqui jaz um homem que nunca
em gente se tornou.


(Joana Cajazeiro)

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