Planejara primeiro ter
para depois ser, mas nunca foi.
O tempo se passou e até o
que tinha se foi.
Iludira-se com a perspectiva
do
futuro que nunca chegou.
Arrependeu-se, mas o tempo
não mais voltou.
Foi
embora e até mesmo sem
despedida se pôs.
Enriqueceu, comprou, mas
nessa vida nunca amou.
Até que o tempo, seu corpo
enfim definhou,
Pedira chance, mas sem
resposta ficou.
Morreu e sem vida vivida para
si destinou.
Um homem de posses sem
história se foi.
Se foi sem nunca ter sido e
tudo que tinha restou,
Não deixou ao menos
lembranças ou cartas de
amor.
Em sua lápide o vento
tristemente gravou,
Aqui jaz um homem que nunca
em gente se tornou.
(Joana Cajazeiro)
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