Sinto falta das fotografias de papel,
Poucas fotos dos momentos,
Que então eram preenchidos,
Por lembranças e imaginação...
Como era bom rir daquela cara feia,
Ou da barriguinha saliente,
Como era bom ver a gente como gente,
E não somente perfeitos como modelos...
Hoje tiram-se centenas de fotos,
Todas escolhidas criteriosamente,
Pelo mais belo sorriso e olhar,
Essas dizem pouco de nossa realidade humana...
Agora não há mais espaço para as invenções da mente,
Que lembra pelos olhos da emoção,
Redimensionando tamanhos e belezas,
Como o tamanho do peixe descrito pelo pescador!
(JOANA CAJAZEIRO)
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