Tempo saudoso tenho quando
saudade descansar, sob sombra de candeia
Um mineiro aprumado em
boteco, pernas cruzadas, palheiro na mão,
[Cachacinha ao lado (o copo
no chão); sem demonstrar qualquer saudade do Tempo.]
- De longe os olhos negam até
mesmo preocupação. Coisa boba, miúda
Minas dos passos lentos,
calmaria, receptiva e calorosa candura.
A pressa estampada em
movimentos
Os ponteiros parados, o
relógio desajuizado levado pelo vento feito pluma
Perpetuar aqui, pendurar as
chuteiras, ao pé da copaíba,
[enfeitada de cores folhas novas renovadas, e
mergulhar nas cachoeiras]
E suas cristalinas geladas.
Anoite anotar o céu, qual formato da lua,
Variante, dia a dia. Assistir
ao horizonte no topo da serra, pôr do sol
Com o peito que pulsa dentro
deste mineiro (des)herdado que vós fala
Reboliço desta mistura
brasileira, Minh ‘alma mineira,
Agora quem toma conta de mim
(Iberê Martí)
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