segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Faça amor, não faça jogo

 

Não me reclame promessas vazias

Palavras ao vento, dispersas no espaço

Carrego comigo este dom de abandono

Nos botecos da vida, faço meu "regaço"

 

Não me exclame este ar de certezas

O eterno é seguro igual gelo em chama

Não tenho porto, meu claro é escuro

Arma da guerra só entende quem ama

 

Não procuro por suas vilezas

Sinto poucas saudades

Das noites cinzas de abril

 

Sou eterno até que o sorriso dure,

Inocente até que a mente entre em cena

Adeus ao poema, nasce o homem servil

 

(Iberê Martí)

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