sábado, 15 de fevereiro de 2014

Despedidas


 

Se a água é doce

O mar é salgado,

O leite é quente

O café é amargo.

 

A vida da gente,

Parece carroça

- de boi em disputa -

A cantar na palhoça

 

Na refinada batuta

O maestro da orquestra

Concebe uma festa

 

Pra gente da gente

Pregar uma peça

Adeus ao salgado

 

O doce é amargo,

O quente evaporou,

 A carroça na estrada de terra

(Já não é primavera).

 

A palha caiu,

O maestro sumiu,

 A comédia acabou.

 

Eu agora, quem sou?

Me (re)nascer em despidas,

Despedidas!

 

(Iberê Martí)

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