Meu destinatário é um endereço antigo
Meu remetente é um espaço confuso
Vivo ao contrário, ao que meu “eu” pertence
Tenho predição em tropeçar no difuso
Vou navegar até encontrar,
um lugar ocupado pelo imaginário:
Aonde o Mau não seja obrigatório;
Aonde o Bem não seja necessário...
E há dialética da Existência, um caminhar tranquilo!
Carrego muitas mentes sob minhas asas,
Algumas que sonham, outras ao contrário
Umas perambulam sem um rumo certo,
Existem Arquitetos, e também Salafrários
Vou navegar até encontrar,
um lugar ocupado pelo imaginário:
Aonde o Mau não seja obrigatório;
Aonde o Bem não seja necessário...
E há dialética da Existência, um porto seguro
Tenho muito apreço aos que vão sem pressa
Mas não desmereço aos correm sempre,
E caem, escorregam no mesmo itinerário
Abrigo maldito, ladrilho da indiferença
Vou navegar até encontrar,
um lugar ocupado pelo Imaginário:
Aonde o Mau não seja obrigatório;
Aonde o Bem não seja necessário...
E há dialética da Existência, um refúgio sem muro
Pessoas caminham rumo ao desnecessário
Vendem ilusões, e sonhos antes proibidos
Existem os proféticos como retardatários
Na vanguarda o povo, espera o prometido
Vou navegar até encontrar,
um lugar ocupado pelo Imaginário:
Aonde o Mau não seja obrigatório;
Aonde o Bem não seja necessário...
E há dialética da Existência, uma Consciência Nova
Cultivo latifúndios em meus pensamentos
Crio monocultivo com as minhas ideias
E trafego solitário sobre a existência
Se sinto carência, uso o que está na moda
Vou navegar até encontrar,
um lugar ocupado pelo Imaginário:
Aonde o Mau não seja obrigatório;
Aonde o Bem não seja necessário...
E há dialética da Existência, uma Utopia
Em Outra Galáxia...
(Iberê Martí)
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