Tenho
várias ranhuras no peito,
mais
dilacerantes que quimeras
Vinho
tinto, sangue de espada,
derramados
sobre a Aquarela
Rascunhos
escondidos no baú,
contam
angustias e as histórias
Tão
minhas, quanto de ninguém
Farto
banquete de memórias
Se
chorei pra quem me ouviu,
minhas
palavras esquecidas
bocas,
lábios, penas e tintas
mortes
e vidas envelhecidas
Tenho
muito agora a contar,
a
mercê do míope a reger
Caminho
turvo e solitário
Almas
que me querem beber
Se
fracos os tolos, clemência
Se
forte os tragos, perdão
Seja
do mundo sua experiência
A
voz na garganta do Coração
(Iberê
Martí)
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