terça-feira, 24 de abril de 2012

Amazônia, casa minha




A noite, trombetas de chuva caia...
Estragando a “festa” dos bichos da noite:
Grilos; corujas; morcegos; cutias;
Onça Parda “pintada”; Capivara;
Curupira; Mapinguari...
Caçadores de liberdade, ainda que tardia!
O sono, a sonhar...

A noite, trombetas de chuva molhava...
Mostrando que sonhos têm asas;
presentes em todo o lugar!
Pensamento catando as gotículas (goteiras do tempo...)
Vai desse para vários lugares...
A liberdade da água (descapitalizada?)
Água amada!
Que faz essa terra girar...

A noite, trombetas de chuva trazia...
Lembranças dos anos libertos, de infância.
A paz...
O tempo não obedecia aos relógios.
Ao despencar das águas
a vida ensina...
Quem domina a arte do tempo
comtempla a mãe natureza
e seu baquete farto :
Ter o fruto na mesa, sem plantar;
Amar esse rio, esse sol;
A lua e o anzol; a carne da caça;
O Açu protetor do lago
-onde o Pirarucu respira-
Esse povo suspira
Ares de liberdade...

A noite, trombetas de chuva afogava...
Capital dos mandantes
Sem fome (vil amantes?)
Nesses “tempos modernos”

Uma floresta “adormecida”.
“Pseudo homens” ou máquinas?
Dejetos de quem?
Não espero ouro, bauxita ou prata
Não desejo a mulata...
A índia.
Apenas quero do povo...
Ouça o “sopro soberano” do Bugio:
- “tutano” e coragem...

A noite, trombetas de água canta:
“Liberdade apenas...
liberdade sem algemas!!!”

(Iberê Martí)

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