Meu
conteúdo sempre esteve na berlinda,
Sustentado
por um variante contraponto.
Pássaro
sem plainar pouso em rosa ou espinho.
Enquanto
delírio verbo aprender a perder,
Medo
que consome diariamente o agora.
Medo
que afoga meu peito, variante contraponto.
Por um
instante eu me encontro,
Em
semelhantes e desconhecidos
[E
me perco outra vez]
Trabalhando
arduamente nesta sina que sentido me tem
Institivamente
meu peito é apenas um variante contraponto.
Pousou
ontem em meu peito vento purpura.
Pisou
ontem em meu peito purpurina.
Passou
ontem em meu peito voz menina.
Adormeceu
ontem em meu peito vaselina.
E
quando a noite eterna do tempo acordar,
Quando
a estrela voltar a brilhar e meu peito saltar.
Eu
(re)encontrar meu variante contraponto
E
fugir pra algum canto longe desta média morna monotonia.
Lá
longe no sossego dos Andarilhos,
Tudo
será, terá sentido ou sentimento algum.
Eu
continuarei a buscar meu variante contraponto,
O
mesmo que tantas vezes eu perdi, por ai
Variante
contraponto és matéria viva.
Desafio
eterno de encontrar e perder
Vasculhar
e sumir, em busca de um outro
Contraponto
variante...
Larguei
há tempos meus sonhos em algum beco sombrio
Nunca
ganhei nada, vitória derrota tampouco perdi
E
decidi compreender Raul:
“Ou
eu conquisto o planeta ou desapareço daqui”!
(José
Tamuya)
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