quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Raul meu variante contraponto


Meu conteúdo sempre esteve na berlinda,
Sustentado por um variante contraponto.
Pássaro sem plainar pouso em rosa ou espinho.
Enquanto delírio verbo aprender a perder,
Medo que consome diariamente o agora.
Medo que afoga meu peito, variante contraponto.
Por um instante eu me encontro,
Em semelhantes e desconhecidos
[E me perco outra vez]
Trabalhando arduamente nesta sina que sentido me tem
Institivamente meu peito é apenas um variante contraponto.
Pousou ontem em meu peito vento purpura.
Pisou ontem em meu peito purpurina.
Passou ontem em meu peito voz menina.
Adormeceu ontem em meu peito vaselina.
E quando a noite eterna do tempo acordar,
Quando a estrela voltar a brilhar e meu peito saltar.
Eu (re)encontrar meu variante contraponto
E fugir pra algum canto longe desta média morna monotonia.
Lá longe no sossego dos Andarilhos,
Tudo será, terá sentido ou sentimento algum.
Eu continuarei a buscar meu variante contraponto,
O mesmo que tantas vezes eu perdi, por ai
Variante contraponto és matéria viva.
Desafio eterno de encontrar e perder
Vasculhar e sumir, em busca de um outro
Contraponto variante...
Larguei há tempos meus sonhos em algum beco sombrio
Nunca ganhei nada, vitória derrota tampouco perdi
E decidi compreender Raul:
“Ou eu conquisto o planeta ou desapareço daqui”!


(José Tamuya)

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