sábado, 12 de abril de 2014

Eu sou aquele que passa


 

Eu sou aquele que passa

Chega a cavalo, de carro, a pé

Como o vento, num dia de calor

Sem doença, sem crise, sem dor

Aquele que olha e ri

E vai embora

 

Eu sou aquele que passa

Chega a cavalo, de carro, a pé

Como o sol, num equinócio de outono

Sem preguiça, sem bocejo, sem sono

Aquele que olha e ri

E vai embora

 

Eu sou aquele que passa

Chega a cavalo, de carro, a pé

Como abusos de um vinho de qualidade

Sem ressaca, sem remorso ou saudade

Aquele que olha e ri

E vai embora

 

Eu sou aquele que passa

Chega a cavalo, de carro, a pé

Como um navio a vela sem mastro

Sem foto, sem passado, sem rastro

Aquele que olha e ri

E vai embora

 

Eu sou aquele que passa

Chega a cavalo, de carro, a pé

Como andarilho que cai na estrada

Sem lástima, sem lágrima, sem nada

Aquele que não chora

E vai embora

 

(Stéphano Diniz)

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