Nascido
no Pernambuco
Terra
dos canaviais
No
meio de um povo matuto
Caracóis
e manguezais
Josué
nesta terra cresceu
Criado
ao lado da fome
Josué
não entendeu
O
povo não tinha nome!
Depois
foi pra capital
Estudar,
tornar doutor
Nunca
esqueceu do mal
Funestos
olhos do trabalhador
Josué
foi esposo e amante
Do Povo
que o viu nascer
Para
ele o mais importante
O Alimento,
ter o que comer
Foi
nessas terras tupiniquins
Que
Malthus foi derrotado
Convocaram
O Pasquim
Para
os olhos do injustificado
Pois
a fome não é natural
É um
problema dos homens
O
Poder abraça o banal
Seleciona
os que mais consomem
Agora
o mundo inteiro sabe
A
miséria é social
Na
terra que tudo cabe
A
fome não é casual
Foi
então presidente da FAO
Sua
terra não (re)conhece.
Um
homem e um Ideal
A História
nunca esquece
Josué
tua causa é eterna
Nossa
luta tem codinome
Josué
nossa casa materna
Ainda
sofre o problema da fome
Por
estes rios sem história
Diligentes
da histeria
Burguesia
sem memória
O
Vento ecoa um Novo Dia
Aonde
os desiguais
Tenha
igualdade de condições
O
Vento trás os sinais
O
Tempo faz as revoluções!
(Iberê
Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário