quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Homem da Chuva


Ontem eu cortei o cabelo
Ontem eu segurei a Liberdade em minhas mãos
Entre os dedos calejados...
Meu punho fechado, alçado ao alto
Meu braço, caiu a resistência, meus cachos e mechas
Minha sina, descabida
Provei Nada. Desaprovei Tudo.
Não ensinei aos meus discípulos,
Doutrina
Nem me entreguei ao sistema
Nossos filhos são o que são:
Frutos do mundo, parte de nós, feto um tanto maduro
Tampouco tomei proveito da ocasião
Não...
A Chuva ainda é minha melhor amiga
Companheira
Apenas demonstrei, no momento oportuno
Que meu Amor por Ela:
Maior que o Infinito!


(Iberê Martí)

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