Inverti
o avesso ontem, de tarde, pôr do sol
Inventei
outra lua, e enfeitei o céu
Amanheceu
em mim um perdido pedido ao peito
Parecia
que um quo status pairava minha alma
morna
Na média
a razão do desvio não mais ponderava
Acontece
que tudo se repetia, nas mesmas normas em outras caras
Pálidas,
faces possessas pelo controle.
Afinco
meio que adapta e excomunga, regurgita pra fora
O
pássaro canto, triste chora na gaiola
A
arapuca de outra caçada, velho jogo da vida
Nas
peças, as pedras, o vidro e o teto
Em meu
posto brava resiliência se constrói, consolida
Resiste
a única regra cabal de todos os templos e poetas
No
xadrez da vida regra única: nunca jogar
Pois a
Verdade não é o avesso; ela é Liberdade!
(Iberê
Martí)
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