domingo, 24 de novembro de 2013

Resiliência


 
Inverti o avesso ontem, de tarde, pôr do sol
Inventei outra lua, e enfeitei o céu
Amanheceu em mim um perdido pedido ao peito
Parecia que um quo status pairava minha alma morna
Na média a razão do desvio não mais ponderava
Acontece que tudo se repetia, nas mesmas normas em outras caras
Pálidas, faces possessas pelo controle.
Afinco meio que adapta e excomunga, regurgita pra fora
O pássaro canto, triste chora na gaiola
A arapuca de outra caçada, velho jogo da vida
Nas peças, as pedras, o vidro e o teto
Em meu posto brava resiliência se constrói, consolida
Resiste a única regra cabal de todos os templos e poetas
No xadrez da vida regra única: nunca jogar
Pois a Verdade não é o avesso; ela é Liberdade!
 
(Iberê Martí)

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