sexta-feira, 30 de maio de 2014

Bucólicos


 

Entre braços e suas bocas

Voz de fonte, mão de berço

Estruturas tremidas, desbotadas

Vivas saudades de um terço

 

Prédios servem aos pássaros

Nas janelas brotam flores

Vidros derretem, luz sol

Carros sem gasolina ou cores

 

Nas ruas cheiro de orvalho

Asfaltos coberto de folhas

Placas com nomes antigos

Raízes refutam escolhas

 

A cidade ocupou o abandono

Fez floresta, ganhou vida

Livro antigo em páginas viradas

Rascunham novas avenidas!

 

(Iberê Martí)

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