Pra
escrever esse cordel
Peço
bastante inspiração
Ao
Santo São Benedito
Santo
negro de tradição
Com
um legado bonito
Sujeito
de bom coração
Vou
contar essa estória
No
aniversário da abolição
Foi
no dia treze de maio
Que
acabou a escravidão
E
a estória desse garoto
Merece
virar uma canção
Batizado
como Francisco
Falava
português e latim
Criado
por missionários
Para
ao sistema dizer sim
Mas
não sabia que um dia
Ao
sistema poria um fim
Não
conheceu seus pais
Foi
concebido num terreiro
Era
de origem africana
Era
um negro verdadeiro
Era
escravo, mas era livre
Era
filho do povo brasileiro
Um
dia, no meio de uma missa
Francisco
teve uma revelação
Deveria
lutar por seu povo
Contra
mosquete, bala, canhão
Resgataria
a sua honra
Foi
essa a sua visão
Ele
chamou o padre
E
disse, “Estou indo embora”
Já
tenho dezoito anos
Acho
que chegou a hora
De
lutar pelo meu povo
Que
está morrendo agora”
O
padre lhe desejou sorte
Na
sua luta no agreste
E
ao lhe chamar de Francisco
Francisco
respondeu inconteste
Meu
nome, padre, é Zumbi!
Disse
em latim, Alea jacta est!
O
resto vocês já sabem
Zumbi
foi para os Palmares
Governar
lá um quilombo
Viver
entre os seus pares
Lutar
pela sua liberdade
Com
seu povo aos milhares
Zumbi
entrou pra história
Mesmo
um dia vencido
Simboliza
a liberdade
De
um povo desvalido
Um
povo negro, povo livre
Que
tem um herói merecido
(Stéphano
Diniz)
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