segunda-feira, 19 de maio de 2014

Um Sonho


 

Quando sonho, o sonho dos aflitos

Meu sonho é maior que o infinito

Meu sonho é sem tamanho,

Nunca cabe em manuscrito.

Meu sonho é sem pátria, porta janela

Meu sonho vive livre de tutela

Sem risco, sem sorte sem jogo

Sonho sem cerca, sem rico nem favela.

Meu sonho é correnteza, rio incerto

Meu sonho é viver um livro aberto

Atravessando pedras, velharias

Sonho fazer banzeiro no deserto.

Meu sonho é voo sem asa

Meu sonho é chama, é brasa

Pássaro que plaina sem vento

Sonho de nômade sem casa

Que mal chega e desatina

Pra um novo movimento!!!

 

(Iberê Martí)

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