Vida
é veia aberta
Machucado,
ferida inquieta
É
água doce e deserta
Rio,
rumo ao mar
Vida
é fonte e foz
Solidão,
silêncio e voz
É
semente dispersa por nós
Embrião
salgado e imaturo
Vida
é lago escuro
Fruto
cuspido e prematuro
É
criança espiando pelo muro
Lodo
de pântano embriagado
Vida
é balde cheio e vazio
Gente
sentindo calafrio
É
quente derretendo o frio
Porto
pra quem quer navegar
(Iberê
Martí)
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