sábado, 10 de maio de 2014

Navegar



Quando todas as respostas se tornam pleonasmo... Quando as perguntas se tornam fatigantes... Quando o vazio é mais completo que o cheio... Quando o rio parece sem fim, sem início, sem meio... Quando cada atitude parece  repetição da mesma experiência... Quando as probabilidades imersas e entregues ao descaso do acaso... Quando teu prazer se fundir com os quereres de um déspota... Quando sentir o universo com entendimento de dois gêneros... Quando se observa o mundo de fora; jamais de dentro... Quando teu racional consome as ideias com um olhar de raízes... Quando as sombras das árvores te apreendem mais atenção que suas formas... Quando uma folha de alteridade cai sobre seus padrões sistêmicos... Quando as epidemias analíticas que a moda... Quando teu navegante se cansar de remar... Quanto tudo estiver próximo ao nada... (Lá donde o canto dos pássaros é mais importante que ouro...). Então terá certeza de algo verdadeiro absoluto: oxigênio, mesmo que o tempo fisiológico obsoleto, que é preciso Navegar!

 

(Iberê Martí)

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